sábado, 3 de julho de 2010
















“A superfície é a pele da gente.” (Renata Rubim)

A Designer de Superfície Renata Rubim nasceu no Rio de Janeiro e com 12 anos veio morar no RS. Desde criança desenhava tapetes. Sua marca sempre foi a paixão por desenhar, por fazer tapetes, por cores, enfim, sempre foi movida pela necessidade de expressão visual.

No dia 21 de junho, começou a palestra explicando o conceito de design de superfície, área em que trabalha há muitos anos. Disse que um projeto de design não é apenas uma “expressão gestual”, é um projeto que envolve muita pesquisa e por isso é feito por um profissional da área.

Para ser um designer não basta apenas a criatividade. É necessário ser criativo sim. Mas ter método de pesquisa e pesquisar, são condições fundamentais para ser profissional. Salientou a importância de ter “referências visuais” por isso considera fundamental estar atento ao que acontece no mundo, a perceber o que as pessoas estão inventando e fazendo. Para ela, a questão não é se uma coisa é bonita e sim o que ela proporciona de criatividade e de novas possibilidades. Dessa forma, sucesso, para Renata, é quando há inovação. Foi bem clara em relação a cópia que muitos insistem em fazer. Para ser considerando um Designer não pode haver cópia. Um Designer não copia. Há que se fazer design com “cara de Brasil”, buscar aquilo que nos identifica como povo e comunidade.

Sobre o desenho disse que é importante que “seja tramado como se faz em um tear”. Ou seja, o profissional precisa conhecer todo o processo de produção de uma empresa. Só conhecendo o chão de fábrica é possível compreender se aquilo que foi pensando pode ser realizado. Pensar e fazer são partes do mesmo processo criativo.

Renata incentivou os alunos a buscarem estágios em empresas e fábricas. Salientou a importância da participação em concursos. Disse que é uma forma dos empresários conhecerem a profissão e, também, de dar visibilidade ao profissional. Disse que ainda “tem o maior prazer em participar” de concursos.

Quando questionada sobre o uso de softwares disse que “o desenho nasce primeiro da mão.” Usa os softwares e considera-os fundamentais hoje mas não se preocupa em saber tudo porque sabe orientar e fazer com que aquilo que imaginou seja transferido para outra linguagem.

No encerramento Renata comentou que a vida profissional nem sempre é fácil, como ela mesmo disse “sempre tenho que resolver algum problema e isso é justamente a função do Designer.” Também instigou os alunos a aprenderem a usar tudo que os cerca como fonte de inspiração. Disse que não sofre de falta de inspiração, bem pelo contrário, é eternamente inspirada.

Caso você deseje conhecer melhor o trabalho de Renata Rubim acesse o site www.renatarubim.com.br

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