domingo, 7 de novembro de 2010



FUNDAÇÃO LIBERATO

HISTÓRIA DA ARTE 3

PROFESSORA SONIA PORTO MACHADO

Dando asas a imaginação!

Pequenos pedaços de madeira que podem ser além do que são.

Cubos de vida, que um dia foram árvores.

Transformações.

Cubos de vida que podem voar.

Distâncias percorridas no olhar da imaginação.

Super rampas e adrenalina.

Blade Runner ou Clark Kent?


INSPIRAÇÃO: Neoclássico, Realismo ou Romantismo

TAREFA: a turma dividida em 2 grupos recebeu um skate dos anos 80 e um quebra-cabeça de madeira, dos anos 90. Deverão recuperar esses objetos, deixando-os modernos.

APRESENTAÇÃO: na semana seguinte ao término da matéria.


RELATÓRIO: coletivo e entregue na semana seguinte a apresentação.





FUNDAÇÃO LIBERATO

HISTÓRIA DA ARTE 1

PROFESSORA SONIA PORTO MACHADO

Tempo, tempo, tempo...

Escorre pelas mãos, em meio a tanta areia.

Deserto repleto de luz.

Passos e sombras.

Camelos que voam. Centauros que correm.

Todos os bichos e todas as flores.

Cactus.

Escaravelho.

Mãos pintadas pela henna. Mãos que fazem e deslumbram o tempo.

Mãos nas paredes.

Enigmas. Mistérios.

Mãos e tempos.

Tempos de mãos.

Mãos no templo.

Mãos?

Há ainda tempo?

Highlander.

Tarefa: Com uma garrafa Pet (transparente e de 2 litros) você deve simbolizar esse conceito chamado tempo que tanto intriga a humanidade ao longo dos séculos.

A garrafa será usada junto com as dos colegas. E serão coladas (cola quente que deverá ser providenciada pela turma) umas nas outras, formando assim uma parede, onde o que será visto é a parte do fundo da garrafa.

A garrafa não poderá ser cortada, pintada por fora ou qualquer outra coisa que a descaracterize. O seu trabalho deve ser interno.

Inspiração: Arte do Egito.

Apresentação: na semana seguinte após a última aula do tema.

Relatório: coletivo que deverá ser entregue, por escrito, na semana seguinte a apresentação dos trabalhos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010















FUNDAÇÃO LIBERATO

HISTÓRIA DA ARTE 2

PROFESSORA SONIA PORTO MACHADO

O que eu não quero ver?

O que há por trás da tela que me faz sofrer?

O que a tela esconde? O que não pode ser visto?

Um cheiro diferente no ar.

Um tempero que é capaz de acalmar ou de ocasionar uma guerra.

Uma mulher escondida dos olhares dos outros. O que ela vê?

O que ela pensa? Ela pensa?

Ela rodopia.

Uma tenda.

Um deserto onde se escondem coisas que não conheço.

Uma areia quente e no meio um oásis.

Um olhar profundo que não sei o que diz.

Ouro, prata e espuma.

E a mulher continua ali com uma tela nos olhos. E rodopia.

Tarefa: você recebeu uma tela. Sua tela deverá ser unida a dos seus colegas. O que você acha que ela vê? Ou o que ela esconde? Ou que não pode ser visto por essa mulher?

Inspiração: Império Bizantino

Apresentação: na semana seguinte após a última aula do tema.

Relatório: coletivo que deverá ser entregue, por escrito, na semana seguinte a apresentação dos trabalhos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010











FUNDAÇÃO LIBERATO

HISTÓRIA DA ARTE 3

PROFESSORA SONIA PORTO MACHADO



Uma pedra vermelha. Um rubi.

Uma lembrança. Uma herança familiar.

Uma pedra vermelha.

Arde como fogo. Ornamenta como ouro.

Forte como sangue. Dura como diamante.

Clara e transparente. Pedra mágica.

Transparência perfeita. Pura jóia.

Preciosidade no meio da raridade.

Estrela do mundo. Estrela-dupla.

INSPIRAÇÃO: Barroco

CLIENTE: Uma mulher, com 40 anos, herdou da mãe uma pedra de rubi. E deseja uma fazer uma jóia para homenagear a mãe. Pode ser um anel ou um colar.

TAREFA: desenhar uma jóia com esse rubi. Use se possível, os conhecimentos da disciplina de Computação Gráfica.

APRESENTAÇÃO: na semana seguinte ao término da matéria.

RELATÓRIO: coletivo e entregue na semana seguinte a apresentação.

segunda-feira, 5 de julho de 2010


























“A arte não precisa se resumir a imitar a natureza.” Kandinsky

Às vezes, é difícil estabelecer o começo, o instante em que o vento mudou de direção. Mas o design tem certidão de nascimento, com data e local: Weimar, Alemanha, em 21 de março de 1919. Ali, surgia a Bauhaus, a escola mais livre do século XX. E ao mesmo tempo, a escola mais perseguida da época, tendo em vista o medo que a liberdade provoca nos governos autoritários.

Pensavam em construir habitações em massa e de baixo custo. E tinha que ser em um curto espaço de tempo. Obra com eficiência e acessível a toda a população. O conceito estabelecido é a funcionalidade. Era um basta aos excessos, aos exageros e a tudo que tornava um objeto inacessível as grandes massas.

Um ícone do século.

O desejo era exercitar integralmente os sentidos de cada indivíduo. Assim, uma nova profissão surge das mãos e das mentes criativas de seus professores: o Design.

INSPIRAÇÃO: BAUHAUS

CLIENTE: empresa de guaritas em ambientes escolares.

PROPOSTA: vocês receberam uma guarita que estava no lixo da escola. Decora-la, usando as cores azul, vermelho e amarelo. O público é, na maioria, composto por jovens. A guarita deve provocar a criatividade e a curiosidade dos jovens.

Disciplina de História da Arte, Prof. Sonia com a colaboração das Professoras Iula e Adriana.

sábado, 3 de julho de 2010
















“A superfície é a pele da gente.” (Renata Rubim)

A Designer de Superfície Renata Rubim nasceu no Rio de Janeiro e com 12 anos veio morar no RS. Desde criança desenhava tapetes. Sua marca sempre foi a paixão por desenhar, por fazer tapetes, por cores, enfim, sempre foi movida pela necessidade de expressão visual.

No dia 21 de junho, começou a palestra explicando o conceito de design de superfície, área em que trabalha há muitos anos. Disse que um projeto de design não é apenas uma “expressão gestual”, é um projeto que envolve muita pesquisa e por isso é feito por um profissional da área.

Para ser um designer não basta apenas a criatividade. É necessário ser criativo sim. Mas ter método de pesquisa e pesquisar, são condições fundamentais para ser profissional. Salientou a importância de ter “referências visuais” por isso considera fundamental estar atento ao que acontece no mundo, a perceber o que as pessoas estão inventando e fazendo. Para ela, a questão não é se uma coisa é bonita e sim o que ela proporciona de criatividade e de novas possibilidades. Dessa forma, sucesso, para Renata, é quando há inovação. Foi bem clara em relação a cópia que muitos insistem em fazer. Para ser considerando um Designer não pode haver cópia. Um Designer não copia. Há que se fazer design com “cara de Brasil”, buscar aquilo que nos identifica como povo e comunidade.

Sobre o desenho disse que é importante que “seja tramado como se faz em um tear”. Ou seja, o profissional precisa conhecer todo o processo de produção de uma empresa. Só conhecendo o chão de fábrica é possível compreender se aquilo que foi pensando pode ser realizado. Pensar e fazer são partes do mesmo processo criativo.

Renata incentivou os alunos a buscarem estágios em empresas e fábricas. Salientou a importância da participação em concursos. Disse que é uma forma dos empresários conhecerem a profissão e, também, de dar visibilidade ao profissional. Disse que ainda “tem o maior prazer em participar” de concursos.

Quando questionada sobre o uso de softwares disse que “o desenho nasce primeiro da mão.” Usa os softwares e considera-os fundamentais hoje mas não se preocupa em saber tudo porque sabe orientar e fazer com que aquilo que imaginou seja transferido para outra linguagem.

No encerramento Renata comentou que a vida profissional nem sempre é fácil, como ela mesmo disse “sempre tenho que resolver algum problema e isso é justamente a função do Designer.” Também instigou os alunos a aprenderem a usar tudo que os cerca como fonte de inspiração. Disse que não sofre de falta de inspiração, bem pelo contrário, é eternamente inspirada.

Caso você deseje conhecer melhor o trabalho de Renata Rubim acesse o site www.renatarubim.com.br

sábado, 19 de junho de 2010









Criando oportunidades

Com 27 anos, o jovem Designer Mateus Boeri apresenta uma vasta experiência no campo da criação de calçados. Começou fazendo o curso técnico em calçados, do SENAI e, ao mesmo tempo, iniciou a trabalhar em empresa, onde conheceu todo o processo de criação e montagem de um sapato. Passou por todos os setores e procurou aprender bem cada etapa.

Percebia que mesmo não sendo um bom desenhista era capaz de expressar e visualizar o que desejava. Por isso ele questiona aquilo que chamou de “mito sobre o desenho”, diz que importante é aprender a se expressar. Mesmo pensando assim, buscou aprender a desenhar melhor.

Nessa experiência de trabalho compreendeu que um designer precisa saber além do desenho, tem que entender de ficha técnica, de mercado consumidor, de materiais, de custo, ou seja, quanto mais souber mais chances tem de criar novas oportunidades e de fazer seu projeto ser bem aceito.

Da mesma maneira que outros palestrantes, Mateus insistiu na importância de estar bem informado, de ser curioso sobre tudo que acontece, enfim, de ser uma pessoa “antenada” com o seu mundo. Quando fala sobre criar oportunidades e não esperar que batam a sua porta, fala em criar redes de relacionamentos. São essas redes, formadas por pessoas de todas as áreas, que abrem portas que antes estavam fechadas. Em cada lugar que se vai é uma possibilidade de futuro.

Mateus iniciou a projetar seu nome pensando sempre em ser o melhor naquilo que faz. E foi ganhando experiência na medida em que participava de concursos. Desde 2003, participa do concurso da Francal. Naquele ano, ganhou 3º lugar na categoria Casual Masculino. No ano seguinte, ganhou novamente em 3 categorias: social masculino, casual masculino e tênis unissex. E assim continua participando.

A partir do primeiro concurso abriu-se um contato importante na carreira dele. Foi convidado a trabalhar na West Coast. E essa oportunidade o levou a Europa várias vezes, sempre trabalhando para a empresa.

Em 2008, abriu seu próprio escritório de criação: M3 Design. Agora, trabalha gerenciando sua própria equipe de criação.

Ao finalizar, Mateus insistiu muito em desmistificar a lenda do glamour da profissão. Não há glamour para quem precisa todos os dias buscar clientes, criar novos produtos, estar atento ao que o mercador e ainda estudar. Há muito trabalho e muita coisa a ser feita. Quem fizer direito e com respeito terá espaço no meio.


















FUNDAÇÃO LIBERATO

CURSO DE DESIGN

HISTÓRIA DA ARTE 2

Profª. Sonia Porto Machado


A Moça Tecelã

Marina Colasanti


Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.

Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.

Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.

Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.

Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.

Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.

Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.

Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.

Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.

Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.

— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.

Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.

— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.

Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.

Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.

— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!

Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.

Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.

Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.

A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.

Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.

CLIENTE: Saguão do Curso de Design

ATIVIDADE: “ Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer”. O que você gostaria de tecer?

Painel com caixas de ovos.

1 etapa: individual, faça seu projeto para usar a caixa.

2 etapa: grupos (4 alunos) pense em um projeto coletivo.

3 etapa: escolha 1 representante por grupo para definir a união de todas as caixas em um único painel.

4 etapa: instalar na parede onde estão os bancos do saguão.

O painel não deve ser identificado com elementos indígenas. O cliente deseja que você use a inspiração como pontos de referências. Também deseja que você possa tecer com a sua imaginação e muita criatividade.

INSPIRAÇÃO: Arte indígena americana.

terça-feira, 15 de junho de 2010























FUNDAÇÃO LIBERATO

CURSO DE DESIGN

HISTÓRIA DA ARTE 1

Profª. Sonia Porto Machado

Poemas Neoconcretos I – Ferreira Gullar

”mar azul

mar azul marco azul

mar azul marco azul barco azul

mar azul marco azul barco azul arco azul

mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul”

Viajar pelo mundo azul dos deuses gregos expande a imaginação. Azul do céu. Azul do mar. Azul, apenas azul.


CLIENTE: Restaurante no litoral brasileiro.

ATIVIDADE: você recebeu 3 embalagens rendadas azuis. Use-as como início do seu trabalho. Observe as formas, as linhas e cor. Em uma folha A3 (com as devidas identificações) crie alguma coisa para ser usada nesse restaurante. As embalagens devem fazer parte da sua criação como ponto de partida ou até serem usadas como parte da criação.

O dono do restaurante não deseja que a criação seja identificada como grega. Ele deseja que você viaje na imaginação.

INSPIRAÇÃO: Arte Grega

APRESENTAÇÃO: uma aula após o término do conteúdo;

RELATÓRIO: coletivo a ser entregue na aula seguinte a apresentação.